Lisistrata/ Pesquisa Teatral

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Manual do Ator- Ensaio

Para alcançar um verdadeiro estado criador em todos os momentos em que este lhe for nescessário, um ator deve estar constantemente praticando, esteja representando, ensaiando ou trabalhando em casa.
Alguns atores... têm o hábito intolerável de ensaiar... num tom de voz baixo e quase imperceptível, quando estão dizendo suas falas. Isto só pode levar à formação de maus hábitos. O que pode o seu coadjuvante aproveitar de tais deixas? Um ator é obrigado a representar plenamente seu papel, dar as respostas adequadas ao seu colega de cena, seguir corretamente a orientação que se decidiu dar à peça e reagir ao que lhe for dito por seu colega. De outra forma, um ensaio perde todo seu sentido. Se todos observarem a mesma e correta atitude para com suas obrigações coletivas e chegarem adequadamente preparados para os ensaios, estabelecerá uma esplêndida atmosfera de trabalho.
Há muitos atores que não tomam iniciativas criadors. Chegam para o ensaio e ficam esperando que alguém lhes indique o curso de ação a seguir. Às vezes é necessário um grande esforço para que o diretor consiga inflamar estas naturezas passivas. Só nós, diretores, sabemos quanto trabalho, inventividade, paciência, desgaste nervoso e tempo são nescessários para fazer com que estes atores dotados de fraco impulso criador sejam estimulados a ultrapassar os limites de seu ponto morto.
Será preciso explicar que tais parasitas, que se aproveitam do trabalho e da criatividade dos outros constituem um imenso empecilho às conquistas de todo o grupo?
NÃO SE PODE ENSAIAR ÀS CUSTAS DOS OUTROS. CADA ATOR DEVE TRAZER, PARA OS ENSAIOS, AS SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES VIVAS. ATORES NÃO SÃO MARIONETES.
Quando vocês alcançarem o estágio da virtuosidade em sua psicotécnica, os ensaios transcorrerão fácil e rapidamente, de acordo com o que foi planejado.

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