Lisistrata/ Pesquisa Teatral

domingo, 3 de outubro de 2010

Homenagem da Semana - Fernanda Montenegro

Nome de Bastismo: Arlette Pinheiro Esteves da Silva 
Nome Casamento: Arlette Pinheiro Monteiro Torres

Data de Nascimento: 16.10.1929

País de Nascimento: Brasil

Cidade de Nascimento: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Fernanda Montenegro nasceu Arlete Pinheiro Esteves da Silva. E pelo casamento, Arlete Pinheiro Monteiro Torres.
 Seu nascimento foi perto de Cascadura, subúrbio do Rio, em 16 de outubro de 1929. Sua mãe era dona de casa e o pai um excelente operário, com estudos de mecânica. Homem sensível e carinhoso, exerceu grande influência sobre Fernanda e suas duas irmãs. Aos 14, 15 anos, porém, Fernanda, ainda no colégio, inscreveu-se num concurso como locutora na Rádio Ministério da Educação e Cultura.

Ali Arlete ficou dez anos. Era locutora e atriz de rádio-teatro. Logo, porém, começou a escrever e foi quando, ela própria, inventou o pseudônimo de Fernanda Montenegro.

Ao lado da Rádio Ministério havia a Faculdade de Direito, onde havia um grupo de teatro amador. Fernanda se ligou a eles. O professor Adauto, ensaiador à moda antiga, gostou da garota e a chamou para uma participação no Teatro Ginástico.
Em 1953 Fernanda se casou com Fernando Torres, seu colega. Dessa união nasceram dois filhos: Claudio e Fernanda, também atriz. Trabalhando juntos, resolveram em 56 ir para o T.B.C. Iam bastante a S.Paulo e ali participavam também do "Grande Teatro Tupi", às segundas feiras.
Cinema faz desde 1965, como atriz, quando fez o filme: A Falecida. Antes havia feito dublagem em Mãos Sangrentas (1955). Ainda o famoso Eles Não Usam Black Tie . Esse último levantou prêmios , entre os quais: "O leão de ouro" em Veneza. Por fim Central do Brasil, ganhador de todos os prêmios internacionais, tendo sido Fernanda, indicada como melhor atriz para o "Oscar.


Foi indicada ao Oscar de 1999, como melhor atriz, por sua atuação em Central do Brasil.
Foi indicada ao Globo de Ouro de 1999, como melhor atriz, por sua atuação em Central do Brasil.

Ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim de 1999, por Central do Brasil. 

Frases de Fernanda Montenegro

"Nosso critério não é o de escolher papéis, mas procurar peças que queiram dizer alguma coisa. Fazer teatro é um destino" Obs.: Em entrevista à Revista Veja, em abril de 1976 

"Investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente."

"Nossa deformação cultural nos faz pensar que cabe a um segmento da sociedade levar cultura a outro. Nós temos é que buscar a cultura no povo, dando condições para que ela brote. "

"Nosso ofício, falo de teatro, não nos deixa provas. A posteridade não nos conhecerá. Quando um ator pára o ato teatral, nada fica. A não ser a memória de quem o viu. E mesmo essa memória tem vida curta."












Filmografia:



Redentor (2004)


O Outro Lado da Rua (2004)


Olga (2004)


Chão de Estrela (2003)


O Auto da Compadecida (2000)


Gêmeas (1999)


Traição (1999)


Fernanda Montenegro: Arte, Técnica e Talento (curtametragem) (1999)


Central do Brasil (1998)


O Que é Isso, Companheiro? (1997)


Veja Esta Canção (1994)


Fogo e paixão (1988)


A Hora da Estrela (1985)


Eles Não Usam Black-Tie (1981)


Tudo Bem (1978)


Marília e Marina (1976)


Joanna Francesa (1973)


Minha namorada (1970)


A Falecida (1965)


Mãos Sangrentas (dublagem) (1955)

Televisão



Ano Título Papel


1966 Redenção Lisa


1968 A Muralha Mãe Cândida Olinto


1973 Medeia Medeia


1979 Cara a Cara Ingrid


1981 Brilhante Chica Newman


Baila Comigo Sílvia Toledo


1983 Guerra dos Sexos Charlotte de Alcântara Pereira Barreto (Charlô)/Altamiranda


1986 Cambalacho Naná (Leonarda Furtado)


1987 Sassaricando Ela mesma/Dona Doida


1990 Riacho Doce Vó Manuela


Rainha da Sucata Salomé


1991 O Dono do Mundo Olga Portela


1993 Renascer Jacutinga


O Mapa da Mina Madalena Morais


1994 Incidente em Antares Quitéria Campolargo


1995 A Comédia da Vida Privada


(A Casa dos Trinta) Tia Otávia


1996 A Comédia da Vida Privada


(As Idades do Amor) Dora


1997 Zazá Zazá (Marisa Dumont)


1999 O Belo e as Feras Mãe


1999 O Auto da Compadecida Compadecida


2001 As Filhas da Mãe Lulu de Luxemburgo


2002 Pastores da Noite Tibéria


Esperança Luisa


2003 Celebridade ela mesma


2004 Um Só Coração ela mesma


2005 Belíssima Beatriz Falcão (Bia Falcão)


Hoje É Dia de Maria Madrasta


Hoje É Dia de Maria 2 Dona Cabeça


2008 Queridos Amigos Iraci Guimarães Moutinho


O Natal do Menino Imperador Narradora


2009 Som & Fúria ela mesma


2010 Passione Elizabete "Bete" Monteiro Gouveia


Teatro



Em mais de cinquenta anos de carreira, participou de dezenas de espetáculos teatrais, interpretando de tudo: da clássica tragédia grega à comédia de boulevard, do musical brasileiro a espetáculos de vanguarda. Sempre ao lado de grandes nomes, do elenco à direção. A seguir, alguns de seus grandes sucessos:


1954 - O Canto da Cotovia, de Jean Anouilh - direção de Gianni Ratto


1955 - Com a Pulga Atrás da Orelha, de Georges Feydeau - direção de Gianni Ratto


1955 - A Moratória, de Jorge de Andrade - direção de Gianni Ratto


1956 - Eurídice, de Jean Anouilh - direção de Gianni Ratto


1958 - Vestir os Nus, de Luigi Pirandello - direção de Alberto d'Aversa


1959 - O Mambembe, de Arthur Azevedo e José Piza. direção de Gianni Ratto


1960 - A Profissão da Sra. Warren, de Bernard Shaw - direção de Gianni Ratto


1960 - Com a Pulga Atrás da Orelha, de Georges Feydeau - direção de Gianni Ratto


1961 - O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues - direção de Fernando Torres


1963 - Mary, Mary, de Jean Kerr - direção de Adolfo Celi


1966 - O Homem do Princípio ao Fim, de Millôr Fernandes - direção de Fernando Torres


1967 - A Volta ao Lar, de Harold Pinter - direção de Fernando Torres


1970 - Oh! Que Belos Dias, de Samuel Beckett - direção de Ivan de Albuquerque


1971 - Computa, Computador, Computa, de Millôr Fernandes - direção de Carlos Kroeber


1972 - Seria Cômico... Se Não Fosse Trágico, de Friedrich Dürrenmatt - direção de Celso Nunes


1976 - A Mais Sólida Mansão


1977 - É..., de Millôr Fernandes - direção de Paulo José


1982 - As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder - direção de Celso Nunes


1986 - Fedra, de Racine - direção de Augusto Boal


1987 - Dona Doida, a partir de escritos da poeta mineira Adélia Prado - direção de Naum Alves de Souza


1993 - The Flash and Crash Days, de Gerald Thomas - direção de Gerald Thomas


1995/96 - Dias Felizes, de Samuel Beckett - direção de Jacqueline Laurence


1998 - Da Gaivota, a partir da peça A Gaivota, de Anton Tchekhov - direção de Daniela Thomas


2010 - Viver Sem Tempos Mortos, cuja participação lhe rendeu o prêmio de melhor atriz na 22ª edição do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo[1]








Manual do Ator - Ator como verdadeiro artista

Um verdadeiro artista deve levar uma vida plena, interessante, diversificada e estimulante. Deve estar informado não somente do que se passa nas grandes cidades, mas também nas pequenas, nos vilarejos distantes, nas fábricas e nos grandes centros culturais do mundo. Deve estudar a vida e a psicologia do povo em meio ao qual vive, bem como de diferentes segmentos da população de seu país e exterior.
Precisamos ampliar nossas perspectivas para representar as peças de nosso tempo e de muitos outros povos (...) Para chegar ao apogeu da fama, um ator precisa de algo mais do que apenas seu talento artístico: ele deve ser, também, um ser humano ideal, capaz de avaliar as questões fundamentais de sua época e de entender o valor representado pela cultura na vida de seu povo bem como de refletir as inquietações do espírito de seus contemporâneos.